FIESP, eterna capacha de Washington


ADVERSÁRIO DO BANCO DO SUL. O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Paulo Skak, está jogando contra os interesses nacionalistas brasileiro e sul-americano. A decisão dele de criar, dentro da Fiesp, um escritório para abrigar o Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID), SEMPRE, desde o seu nascimento, na Conferencia de Bretton Woods, em 1944, no pós guerra, junto com Banco Mundial e FMI, colocado a serviço de Washington.

Fonte: Independência Sul Americana

A partir de então, todas as políticas econômicas e financeiras apoiadas pelo BID e BIRD visam a velha máxima de buscar manter a América do Sul dividida sob comando dos títeres políticos e econômicos direcionados pelos cordões manipulados por Tio Sam. Especialmente, em relação ao Brasil e, também, à Argentina, os americanos buscaram, incansavelmente, mas sem conseguir, até hoje, atrair brasileiros e argentinos, para a jogada diversionista de alcançar acordos bilaterais de comércio, como fizeram com o Chile, com a Colômbia, com o Peru e tentam fazer, também, com o Uruguai.

Depois que se criou o Mercosul, em 1991, essa manobra estratégia imperial americana, para garantir aos Estados Unidos uma América do Sul como eterno quintal norte-americano, ficou muito difícil, quase impossível, principalmente, com a emergência dos governos nacionalistas, amplamente, apoiados pelas populações sul-americanas. Históricamente, Argentina e Brasil, desde o colapso da crise de 1929, começaram a se distanciar politicamente das garras de Washingnton, embora, economicamente, essa tarefa tenha sido, praticamente, infrutífera, com o avanço das multinacionais no mundo, depois da guerra, com o dólar superpoderoso, hoje, tatibitati, no compasso da grande crise global, que implodiu o capitalismo americano e europeu, em 2008.

Getúlio Vargas, diante do crash de 1929, jogou dinheiro público na economia, para salvar os cafeicultores paulistas, os eternos ingratos paulistas, fato que produziu o efeito benéfico, nacionalista, de alavancar a industrialização de São Paulo e brasileira, é claro. Roosevelt considerou Getúlio um gênio e copiou sua receita, para fugir do crash, alavancando os gastos públicos americanos, especialmente, na construção da indústria de guerra, enquanto proibiu que ela fosse desenvolvida na América do Sul.

Na Argentina, da mesma forma, o nacionalismo peronista fugiu do receituário americano. Em 1955, em Bandung, Indonésia, Perón, pregou a TERCERA POSICION, ou seja, nem Estados Unidos nem URSS, em plena guerra fria, mas um caminho alternativo, sul-americano.

Era tudo o que os Estados Unidos jamais queriam ouvir.

Portanto, no tempo, essa caminhada histórica sul-americana, e pulando, para os anos mais recentes, têm-se, depois da criação do Mercosul, o esforço dos governos nacionalistas argentino e brasileiro, a partir de Kirchner e Lula, para criarem, na América do Sul, o Banco do Sul, proposta feita pelo presidente socialista venezuelano Hugo Chavez.

Certamente, na crise atual, estando a América do Sul por cima da carne seca, dispondo das condições objetivas, para ajudar o capitalismo rico a sair da crise, o Banco do Sul seria o receptor automático das poupanças externas, candidatas a ir para o sal, no ambiente da taxa de juro zero ou negativa, vigente nos Estados Unidos e na Europa, como alternativa dos governos, para fugir da expansão da dívida pública e o consequente estouro hiperinflacionário exponencial.

Mas, o Banco do Sul não sai por que, mesmo? Porque os Estados Unidos e a Europa são contra ele. Seria a alavanca para reciclar a dinheirama internacional, candidada à eutanásia do rentista, a fim de ser jogada na infraestrutura sul-americana. Os congressos sul-americanos já aprovaram a proposta da criação do Banco do Sul, mas as forças reacionárias, combinadas, das grandes multinacionais e dos grandes bancos privados, no âmbito da Fiesp e da Febraban, reagem à criação de um grande banco de desenvolvimento sul-americano, o BNDES da América do Sul.

Skaf, que tenta se esconder em um partido que tem origem nacionalista, o PDT, joga com os interesses de Washington, abrindo a Fiesp para o BID e, também, BIRD, primeiro, para trabalhar contra o Mercosul, em favor das multinacionais, que, no âmbito sul-americano, são contra o Focem, o fundo de investimento do Mercosul, para que as multis façam o seu jogo diversionista, e, segundo, para bloquear o nascimento do Banco do Sul, isto é, a jogada nacionalista dos governos sul-americanos que querem pensar por si mesmo, distanciando-se do império americano e suas predisposições imperialistas eternas na América do Sul.

A aliança dos grandes empresários nacionais(?) com os internacionais, ladeados pelos grandes bancos, está tendo na Fiesp, sob a orientação do reacionário Skaf, o seu apoio decisivo.

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